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                                                  O Retorno do 4º Anjo

                                                     A importância de 1888 

Os Adventistas do Sétimo Dia a muito tempo têm reconhecido que Deus desejou realizar grandes coisas para eles e por meio deles.

Após o desapontamento de 1844, um pequeno grupo de aproximadamente cinqüenta almas, re-estudaram as profecias e começaram a partilhar as verdades que lhes foram reveladas. Eles ousaram acreditar que tinham uma mensagem, que de alguma forma, o mundo inteiro precisaria ouvir. Nos cabeçalhos da Adventist Review e Sabbath Herald (Revista Adventista e Arautos do Sábado) seria colocado um desenho de um globo contendo as palavras, “O Campo é o Mundo” sobre uma faixa circulando o globo.

Hoje, Deus está disposto a fazer grandes coisas por Seu povo e no meio dele; muito maiores do que alguma vez tenhamos imaginado, ou tentamos realizar. Lamentavelmente, muitos de nós não fazemos nada além de aguardar e esperar, porque falhamos em reconhecer os propósitos de Deus para nós e falhamos inteiramente em reconhecer a importância dos tempos em que vivemos.  No livro de Apocalipse existe uma passagem que, provavelmente, é bem familiar a todo Adventista do Sétimo Dia:

Depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande autoridade, e a terra se iluminou com a sua glória. Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável, pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria. Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou dos atos iníquos que ela praticou. (Apocalipse 18:1-4).

Os Adventistas acreditaram por mais de cento e cinqüenta anos que isto se referia ao que nós chamamos de “O Alto Clamor”, “Chuva Serôdia”, a última mensagem de advertência que deveria alcançar o mundo inteiro. Temos acreditado que um dia o poder de Deus virá sobre Seu povo como no Pentecostes, e que, quando isso acontecer, esta passagem será cumprida. Esta descrição de um poderoso anjo vindo do céu significa um tempo quando o poder de Deus virá sobre o Seu povo em medida pentecostal e a obra final de Deus sobre a terra será finalizada. E naquela mesma hora todo o povo de Deus estará finalmente completamente separado de tudo o que é falso e apóstata.

Existe um livro escrito pelo senhor W. L. Brisbin intitulado, “Estão os Adventistas do Sétimo Dia Fazendo a Vontade de Deus?” Este livreto contém uma série de perguntas, com as respostas consistindo de citações de Ellen White. Na página dez deste livreto, encontramos uma declaração impressionante. Alguns podem questionar a autenticidade desta declaração porque é difícil verificar a fonte original usada pelo senhor Brisbin. Todavia, eu gostaria que déssemos uma olhada nesta declaração porque está expressa compreensivelmente, também num lugar, o que é citado em vários trechos pela irmã White.

Em 1888 na Conferência Geral realizada em Mineápolis, Minn., o anjo de Apocalipse 18 veio para realizar a sua obra, e foi ridicularizado, criticado, e rejeitado, e quando ele trouxer a mensagem novamente em  um potente alto clamor, ele falará outra vez e será mais uma vez ridicularizado, e rejeitado pela maioria. (Estão os Adventistas do Sétimo Dia fazendo a vontade de Deus? p. 10).

Eu creio que é natural, a denominação Adventista do Sétimo Dia não desejar reconhecer uma declaração como esta, porque é uma das mais claras afirmações que encontramos, que fala sobre uma evidente apostasia que teve lugar em 1888 e que continuaria, se intensificaria, e atingiria o seu auge nos últimos dias. Sobre o que Ellen White falou? Vamos dar uma breve olhada no cenário desta Sessão da Conferência Geral de 1888.

O CENÁRIO DA SESSÃO

A Sessão da Conferência Geral de 1888 foi realizada em Mineápolis, Minnesota. Foi uma sessão da Conferência Geral muito diferente e especial. Nós sabemos que ela foi diferente porque todas as pessoas que participaram dela disseram que alguma coisa incomum aconteceu ali. Mas certamente, a testemunha a quem possuía a palavra de maior influência era a própria Ellen White, que esteve presente nesta sessão da C. G. em pessoa. Algo aconteceu nesta Conferência Geral que fez Ellen White acreditar que o alto clamor, ou a chuva serôdia havia chegado e que o poder de Deus tinha começado a ser derramado sobre Seu povo. O que aconteceu ali?

Primeiro, ela foi uma sessão muito controversa. Dois jovens ministros, os senhores Alonzo Trevier Jones e Ellet James Waggoner, trouxeram a mensagem principal. Eles eram homens relativamente jovens, 38 e 33 anos respectivamente. Eles eram naquele período co-editores do jornal denominacional, The Signs of The Times (Sinais dos Tempos). Desde o início existiram atritos entre estes dois ministros e a maioria dos delegados. O problema principal era que estes dois jovens homens apresentaram idéias que entraram em conflito com aquilo que os ministros mais antigos haviam ensinado por muitos anos, em certas áreas de doutrinas e interpretação profética.

Um dos assuntos era a interpretação de Waggoner sobre a lei no livro de Gálatas; a lei da qual Paulo disse ser nosso “professor para nos conduzir a Cristo”, e a qual, nós há muito tempo não estamos sujeitos. Tradicionalmente, os Adventistas do Sétimo Dia sempre ensinaram que a lei que Paulo falou no livro de Gálatas, era na verdade, a lei cerimonial abolida quando Cristo foi crucificado. O senhor Waggoner, entretanto, tinha estudado o livro de Gálatas com extremo cuidado e chegou a uma conclusão, e começou a ensinar e publicar suas conclusões em The Signs of the Times, que esta lei que Paulo trata, certamente incluía a lei moral e não se referia meramente apenas à lei cerimonial. Os mais velhos e os mais experientes ministros e obreiros ficaram muito indiferentes a esta interpretação de Waggoner. O próprio presidente da Conferência Geral, G. I. Butler, não foi capaz de estar presente, por que fora acometido de uma enfermidade. Entretanto, ele escreveu uma carta para um dos homens idosos que foi comissionado por ele para “Apoiar os antigos marcos”.

Quando os delegados chegaram nesta sessão da C. G., eles estavam preparados para uma batalha, e de fato, quando Waggoner chegou, ele encontrou um quadro negro montado onde estava escrito, “Decidido – Que a lei em Gálatas é a lei cerimonial”. Isto foi assinado pelo senhor J. H. Morrison. No outro lado do quadro foi escrito, “Decidido – que a lei em Gálatas é a lei moral”. Esta resolução estava aguardando a assinatura de Waggoner. No entanto, ele recusou-se a assinar. Ele não tinha vindo para um debate. Estava interessado somente na apresentação da verdade.

A. T. Jones, por outro lado, ousou sugerir que a interpretação de Urias Smith sobre os dez chifres na cabeça da besta em Daniel sete, não estava inteiramente correta. Enquanto Smith declarava que um dos chifres representava os Hunos, o estudo de Jones o levou à conclusão que o chifre representava a Alemanha. Urias Smith não recebeu de bom grado, o fato de suas interpretações serem alteradas por um jovem ministro que era apenas um novato. Com esse tipo de cenário, não é difícil entender que existiu uma enorme tensão nesses encontros, e que também, muitos dos delegados estiveram predispostos a se opor aos senhores Jones e Waggoner e a resistir de qualquer maneira ao que eles apresentassem.

Esta, entretanto, não foi a principal razão para a oposição às mensagens de Jones e Waggoner. Quando você ler sobre 1888 hoje, verá que muitas pessoas tentam sugerir que esta era a raiz de todo o problema; que isto era simplesmente uma questão de oposição de caráter pessoal e o conflito terminou com pequenas diferenças doutrinárias. Mas existiu algo mais essencial do que isso.

Dois anos antes desta sessão da Conferência Geral, o senhor Waggoner esteve presente a um acampamento quando teve uma experiência extraordinária. Ele a descreveu da seguinte maneira:

Eu estava sentado a uma pequena distância da congregação em uma grande tenda num acampamento em Healdsburg, num triste sábado à tarde. Eu não tenho idéia qual foi o assunto da palestra. Eu não entendi nem um texto e nem mesmo uma palavra. Tudo o que guardei comigo foi aquilo que eu vi. Repentinamente uma luz brilhou à minha volta, e a tenda estava para mim, maravilhosamente iluminada mais do que se o sol estivesse brilhando ao meio dia, e eu vi Cristo erguido sobre a cruz, crucificado por mim. Naquele momento eu tive o primeiro verdadeiro conhecimento, que veio semelhante a uma devastadora correnteza, que Deus me amava, e que Cristo morreu por mim. Eu estava consciente que Deus e eu éramos os únicos seres no universo. Eu soube então, por meio daquele sinal real, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo; eu era o mundo inteiro com todos os seus pecados. Eu estou certo que a experiência de Paulo no caminho de Damasco, não foi mais real do que a minha... Eu decidi imediatamente que estudaria a Bíblia na luz daquela revelação, com o objetivo de poder ajudar outros a ver a mesma verdade. Eu sempre acreditei que em toda parte da Bíblia deve ser apresentada, com maior ou menor intensidade, esta gloriosa revelação [Cristo crucificado]. (A Última Confissão de Fé, E. J. Waggoner – As ênfases aqui são do próprio Waggoner. Todas as ênfases neste artigo estão supridas a menos que estejam anotadas de outra forma).

Esta experiência levou Waggoner a um intenso estudo da pessoa de Cristo nos dois anos seguintes. Quando ele chegou a Minneapolis estava completamente absorvido com o assunto do Filho de Deus e isso vinha como uma torrente sobre ele quando pregava. Uma coisa estranha é que, o contexto no qual ele e o senhor Jones apresentaram Cristo e Sua Justiça surgiu para estimular a oposição da maioria dos delegados que estavam ali. Eles se colocaram contra o assunto de todo o coração, de tal forma, que depois dos encontros, alguns delegados voltavam para os seus aposentos e zombavam fazendo galhofas dos senhores Jones e Waggoner.

Ellen White, entretanto, não tinha dúvidas a respeito da importância da mensagem que aqueles dois homens tinham trazido. Com respeito à mensagem ele escreveu:

Esta é a mensagem que Deus ordenou para ser dada ao mundo. Ela é a terceira mensagem Angélica, a qual deve ser proclamada em alta voz e acompanhada com o derramamento de Seu Espírito em grande medida. (Testemunhos para Ministros, pág. 92).

O tempo do teste está justamente sobre nós, pois o alto clamor do terceiro anjo teve agora mesmo seu inicio na revelação da justiça de Cristo, o Redentor, e o perdão dos pecados. Este é o início da luz do anjo cuja glória deverá iluminar a terra inteira. (Review and Herald, November 22, 1892).

Essencialmente ela disse, “Ela tinha começado, esta é a mensagem, e então eu sei que nos temos chegado ao fim, pois eu tenho visto a obra final de Deus nesta mensagem!”.

Durante e após esta sessão da Conferência Geral, Ellen White fez muitas declarações relatando a experiência que tomou lugar em Minneapolis e o que Deus desejou realizar ali. Na realidade existem quatro grandes volumes, intitulados The 1888 Materials (Os Materiais de 1888). Estes volumes contêm 1.812 páginas de materiais que Ellen White escreveu a respeito de 1888, então você pode dizer que ela falou bastante sobre isso. Ela acreditava que Deus estava tentando realizar algo para a igreja naquele preciso momento. Mas isso não aconteceu, e por esta causa, os Adventistas têm dissecado 1888 por mais de um século. Muitos livros têm sido escritos sobre o assunto, incluindo o único escrito pelo presidente da Conferência Geral, A. G. Deniells, intitulado, Cristo Nossa Justiça. Existem perspectivas muito diferentes sobre qual era o real objetivo da mensagem. Quase todos aqueles que escrevem ou falam sobre o assunto da mensagem de 1888 parecem dar ênfase a alguns aspectos diferentes dela, da maneira como eles a entendem.

Qual era a mensagem? Qual era seu objetivo? Estas são perguntas importantes que têm fascinado e surpreendido os Adventistas por mais de um século. Oficialmente a Igreja Adventista diz hoje: “Nós recebemos a mensagem, a igreja a aceitou e hoje estamos nos regozijando na glória da verdade sobre Cristo e Sua justiça”. Mas, estranhamente, nós ainda não estamos no reino. Estranhamente, nós ainda não vimos a chuva serôdia. Estranhamente, nós ainda não temos visto este poder mundial do Espírito Santo sobre o povo de Deus. Não importa o que os homens declarem fazer, os fatos falam mais alto que as vanglórias.

Três perspectivas

Vamos examinar as perspectivas de três testemunhas diferentes. Evidentemente, uma delas é Ellen White. Outra é uma das pessoas que realmente trouxe a mensagem, o próprio E. J. Waggoner. Razoavelmente e logicamente, nós devemos conhecer o que ele falou sobre o assunto. Naqueles dias eles não tinham gravadores, mas imediatamente após a Conferência, o senhor Waggoner escreveu um pequeno livro chamado Cristo e sua Justiça, e é amplamente aceito, que este livro contém a essência das mensagens que Waggoner comunicou naqueles encontros em Minneapolis.  A outra testemunha que examinaremos é um homem que esteve por muitos anos sendo respeitado como o principal pesquisador da igreja na denominação Adventista do Sétimo Dia.

Primeiro, vamos examinar o entendimento de Ellen White um pouco mais adiante. Aqui está a declaração que nos dá uma boa pista que se encontra em uma de suas principais publicações:

Agora, este foi o propósito determinado de Satanás a fim de nublar a concepção de Jesus e levar os homens a olhar para o homem, confiar no homem, e ser educado para esperar auxílio do homem. Por anos a igreja esteve olhando para o homem e esperando muito do homem, mas não tem olhado para Jesus, em quem nossas esperanças de vida eterna estão centralizadas. Então, Deus deu a Seus servos um testemunho que apresentou a verdade como ela é em Jesus, a qual é a terceira mensagem Angélica, em claras e distintas linhas. (Testemunhos para Ministros, p. 93).

Sobre a base desta declaração, podemos claramente ver que Igreja Adventista do Sétimo Dia tornou-se uma instituição na qual, homens estão tomando o lugar de Jesus. Adoração ao homem era o problema crítico que tornou necessário Deus enviar uma mensagem tal naquela mesma hora! O povo tinha sido educado na Igreja Adventista a adorar os homens! (O que Ellen White diria sobre a situação que existe hoje?).

Você notará que Ellen White declara que esta é a “terceira mensagem Angélica”. Este pode, inicialmente, ser um pensamento surpreendente. À primeira vista a terceira mensagem Angélica parece estar simplesmente dizendo, “Acautelai-vos da besta. Acautelai-vos do Papa, dos Jesuítas, dos católicos e dos adoradores do domingo!”. Este parece ser um chamado para “guardar o Sábado e não o domingo”. Parece ser uma declaração que “A Lei Dominical está chegando!”. Mas aqui estão pessoas, simplesmente ensinando aos homens olharem para Cristo como seu líder e fonte de auxílio; e Ellen White disse: “Esta é a terceira mensagem Angélica!” A fim de compreender porque ela entendeu dessa maneira, precisamos olhar abaixo da superfície e examinar alguns princípios.

A primeira mensagem Angélica começa pela declaração, “Temei a Deus”. Esta declaração é feita em um tempo quando o mundo temerá e adorará os homens. Hoje, as pessoas do mundo adoram seus ministros, seus heróis esportivos, seus líderes políticos, suas estrelas de cinema etc. O mundo adora homens. Eles se unem a grupos, clubes, sociedades, partidos políticos e seguem comitês ou indivíduos, e para a maioria, não importa o que os líderes dizem, não seria perda de tempo, estes líderes pensarem por eles.

O recebimento da marca da besta simplesmente será a última conseqüência da prática de uma vida inteira de adoração a homens. O homem poderá dizer ao mundo, “obedeça-me em lugar de Deus”, e o mundo inteiro dirá, “Sim, nós o faremos”.

Se, na igreja cristã, na Igreja Adventista do Sétimo Dia, nossa congregação local ou sociedade, os homens treinam a si mesmos para obedecer precipitadamente às diretivas de um oficial superior, e aceitar o julgamento de uma organização acima de suas próprias convicções e senso comum; como eles podem ser alguém diferente daqueles que escolhem o Domingo acima do Sábado, por que isso é um hábito, ou porque ele herdou o habito de seus avós? O caso pode ser diferente, mas o princípio é o mesmo: O homem é exaltado acima de Deus!

Agora, quando esta situação começou a prevalecer na Igreja Adventista do Sétimo Dia, eles puderam guardar o Sábado estritamente, ou ainda mais estritamente que os antigos judeus, porém se mantiveram em oposição ao princípio da terceira mensagem Angélica. Eles guardaram o Sábado em vão, porque estavam adorando homens! Portanto, Ellen White disse que Deus lhes deu uma mensagem, a fim de que eles pudessem ver Cristo em uma luz diferente, afastarem-se da adoração do homem e mudarem para a adoração a Deus e Seu Filho.

O que é justificação pela fé? É a obra de Deus em lançar a gloria do homem no pó, e fazer pelo homem aquilo que em seu poder ele não pode fazer por si mesmo! (Testemunhos para Ministros, p. 456).

Esta mensagem foi citada como a mensagem de “justificação pela fé”, ou “justiça pela fé”. O propósito desta mensagem era “lançar a glória do homem no pó”. Se vocês são o tipo de pessoas que gostam de estar na frente, e gostam de ser tratados por títulos admiráveis, e sentarem-se nos “primeiros lugares nos banquetes” (Mateus 23:6), vocês não estão se preparando para dizer algo semelhante às pessoas que a dependência deles deve estar em Cristo e não em vocês. A mensagem que destrói seu poder e autoridade não será algo apreciado.  Por isso nos foi dado uma indicação do motivo pelo qual esta mensagem foi ridicularizada, criticada e contrariada pela maioria em 1888. Outra vez Ellen White disse:

A justiça de Cristo pela fé tem sido ignorada por alguns; pois ela é contrária ao seu espírito e sua inteira experiência de vida. Governar, governar, tem sido seu curso de ação. Satanás tem tido uma oportunidade para representar a si mesmo. (testemunhos para Ministros, p. 363)

Muitos não compreendem que Ellen White falou tão claramente contra a doença que aflige também muitos em posição de liderança; contra a auto-centralização que faz os homens desejarem ser senhores sobre seus seguidores. Nós temos lido muitas declarações, onde Hellen White preveniu contra criticar a liderança, mas existe também um grande número de lugares onde ela fala de forma estridente contra aqueles que abusam de suas posições de liderança.

 Como pode, homens que amam ter o domínio, por serem os responsáveis, por ter o controle de seus seguidores, e por ser o senhor sobre outros, amarem uma mensagem que diz “O povo de Deus tem somente um Senhor e Ele é Jesus Cristo?” Para a Organização Hierárquica de Supremacia Papal (assim como a Igreja Adventista do Sétimo Dia e os Adventistas do Sétimo Dia – Movimento de Reforma) semelhante mensagem é proibida, porque ela quebra o poder da organização de controlar e dirigir a vida das pessoas. Ela os direciona para um Mestre que afirma estar sobre eles, e aquele que tem autoridade sobre suas vidas, Ele está no mais alto grau, acima de qualquer ser humano ou organização humana. Semelhante mensagem coloca os homens em liberdade!

Os homens têm a tola idéia de que, a menos que eles mantenham rígido controle, existirá confusão e desorganização, mas isto não é verdade. Deus é muito organizado, e quando as pessoas reconhecem que Cristo é seu líder e sinceramente rendem-se a Ele, dando-lhe sua lealdade acima de tudo que é humano, existirá perfeita harmonia e íntima união na obra de Deus. Na verdade, esta é a única maneira que a obra pode sempre e verdadeiramente, ser realizada.

O Espírito Santo está habilitado para guiar o povo de Deus individualmente. O Papado diz: Não! “Isso só dever acontecer através do Papa, da igreja, dos bispos, dos padres, e finalmente, é através deste sistema humano que a direção de Deus virá ao povo com base numa hierarquia”. A pessoa pobre ao pé da escada, de nenhuma maneira pode chegar a Deus pessoalmente. Ela deve ir através de uma inteira seqüência de pessoas. De nenhuma outra maneira Deus pode falar a ela, a fim de lhe mostrar o caminho, e lhe dirigir. Ela não tem outro caminho para ter um relacionamento pessoal com Deus, a menos que o faça através da organização!

As pessoas que têm esse tipo de atitude não apreciam uma mensagem que torna os homens livres. Portanto, em 1888 quando essa mensagem veio centralizada em Cristo, Hellen White disse que não poderiam recebê-la porque eles amavam governar.

Alguns têm estado a cultivar ódio contra os homens que Deus tem comissionado para trazer uma mensagem especial ao mundo. Eles iniciaram essa obra satânica em Minneapolis. Mais tarde, quando eles viram e perceberam a demonstração do Espírito Santo testificando que a mensagem era de Deus, eles a odiaram ainda mais, porque ela era um testemunho contra eles. Eles não humilhariam seus corações a fim de se arrependerem, darem glória a Deus, e vindicarem a justiça. Eles continuaram em seus próprios espíritos, cheios de inveja, ciúme, e más suspeitas, assim como fizeram os judeus. Eles abriram seus corações para o inimigo de Deus e do homem. Apesar disso, estes homens têm ocupado posições de confiança, e têm estado a moldar a obra conforme sua própria semelhança, até o ponto de conseguirem. (Testemunho para Ministros, pp. 79, 80).

O testemunho de Jesus não é tudo sobre graça, amor, boa vontade e unidade. Aqui, nós encontramos que a verdade, como ela é em Jesus, é também um testemunho contra o povo! Quando nós focalizamos sobre a justiça de Cristo ela torna-se um testemunho contra uma certa classe de pessoas; contra aqueles que amam dominar e controlar.

Em I Coríntios 1:30 Paulo diz que Cristo é feito para nós “sabedoria, justiça, santificação e redenção”. Em Colossenses 1:10 ele diz: “Vós estais completos Nele”.  Se estamos completos em Cristo, porque necessitamos depender de alguma organização ou líder humano para a salvação? Nós necessitamos estar amarrados em qualquer coisa desta terra a fim de sermos salvo? Nós não estamos falando contra os dons que Deus deu a Seu povo. Ele concedeu habilidades aos homens, e colocou dons e talentos entre Seu povo. Mas estamos falando (como Ellen White fez) contra a adoração e a dependência nos homens e a escravidão da mente que diz: “Sem isso eu não posso sobreviver. Estes são para mim: Deus na terra”. As pessoas podem não usar estas palavras, mas elas agem desta maneira. As pessoas precisam saber que elas ”são completas” em Cristo! Nele habita “corporalmente toda a plenitude da Divindade” e quando você tem Cristo e tem a plenitude da divindade Nele, você não necessita de mais nada para ser salvo! No entanto, as religiões do mundo inteiro, em geral, estão limitadas por esta idéia errada. E é exatamente a razão porque o mundo inteiro adorará a besta, incluindo muitos hoje, que acreditam que tornam-se salvos em virtude da observância do Sábado.

Portanto, Ellen White disse que este era um testemunho contra eles. A verdade é que, conforme você vê as razões porque estas pessoas rejeitaram esta mensagem particular, você sabe que jamais existirá um tempo onde uma organização, que é levantada da mesma forma que estas igrejas são levantadas, aceitará uma mensagem semelhante a esta. Nenhuma organização que é hierárquica, que é organizada de forma semelhante, onde o poder e autoridade filtram do topo para baixo, jamais abrirá mão do poder para dar ao povo autonomia e autoridade para ir a Cristo por eles mesmos. Elas jamais farão isso! E é por isso que as igrejas, em geral, têm se tornado uma parte de Babilônia, porque os princípios de Babilônia são os princípios do egoísmo e adoração ao homem, e é isto que predomina nas igrejas hoje.

Outro fator importante

Todavia, ainda que fosse importante focalizar sobre a não dependência ao homem pela dependência a Cristo, este não foi o único ingrediente crítico na mensagem. De forma interessante existiu outro aspecto da mensagem, igualmente importante, que é também totalmente ignorado por muitos daqueles que a examinam minuciosamente, e chamam para a aceitação dela, como eles a vêem.

Uma perspectiva interessante e extremamente equivocada veio de alguém que tinha altas credenciais; este homem foi o “emérito professor de história na Universidade Andrews”, Leroy Edwin Froom. Nós examinaremos o ponto de vista de Froom porque, embora seja incorreto, serve para destacar o fato de que este outro elemento crítico da mensagem trazido por Jones e Waggoner, não pode de forma justa ser ignorado pelo pesquisador imparcial. Froom escreveu um livro chamado, Moviment of Destiny (Movimento do Destino), e neste livro ele tenta voltar e examinar 1888. Corretamente ele diz que Deus estava tentando fazer algo especial na Igreja Adventista em 1888. Mas Froom é um daqueles que declaram que os propósitos de Deus foram cumpridos naquele encontro. Vamos ler o que ele disse a respeito do que aconteceu em 1888:

1888 não foi um sinal de derrota, mas um retorno na tendência para a ultima vitória. Este era o início de décadas de esclarecimento e avanço – a despeito de lutas e derrotas. Ele resultou finalmente em uma unificada plataforma de “Crenças Fundamentais”, preparatórias para o grande clímax do Movimento, seguramente destinado a acontecer. As Eternas verdades foram trazidas ao seu devido lugar. Deus estava definitivamente liderando, a despeito da contínua teimosia de “alguns”. Este é o profundo significado de “1888”. (Moviment of Destiny, p. 187).

Froom disse que alguma coisa foi trazida em 1888, a qual ele se referiu como “As Verdades Eternas”. Ele declarou que embora existissem algumas pessoas insubordinadas, as eternas verdades foram colocadas em seu devido lugar. Logo no início do livro Froom definiu o que ele quis dizer com o termo, “Verdades Eternas”. Nas páginas 33 e 34 ele escreveu:

DEFININDO O SIGNIFICADO DE “VERDADES ETERNAS” – A medida em que o termo “Verdades Eternas” deverá ser usado periodicamente através destas pegadas é essencial que este significado seja indispensavelmente declarado logo de início. Isto é por causa de sua crucial importância, e para evitar a tendência de mal-entendidos em seu uso.

Verificando o significado “verdade” – em conformidade com fatos e a realidade. Verdades Eternas são simplesmente verdades eternas, mas de um caráter específico.

As Verdades Eternas compreendem os princípios básicos e provisões da salvação do homem, originadas e centralizadas em três pessoas da Divindade, ou Trindade. Elas são eternas porque Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo são eternos. (idem. pp. 33 e 34 – Ênfase em itálico são de Froom, as ênfases em negrito foram adicionadas).

O que Froom tentou dizer era que em 1888, Deus estava trazendo a doutrina da Trindade para dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia, e este era o motivo da importância de 1888. Ele disse que nós não poderíamos avançar porque não acreditávamos na Trindade. Froom afirma que em 1888, Deus começou a trazer esta doutrina para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, através de Waggoner e Jones. Certo ou errado, uma coisa positiva deve ser dita a respeito da pesquisa de Froom sobre os eventos de 1888. Ele reconheceu que não pode ser feita uma razoável análise de 1888, sem reconhecer a poderosa e clara ênfase de Waggoner sobre a posição de Jesus na divindade. E. J. Waggoner teve uma compreensão bem definida sobre este assunto o qual ele vigorosamente enfatizou como uma parte integral de suas apresentações em Minneapolis. Froom reconheceu que não poderia ignorar isso, e a este respeito ele foi mais cuidadoso e honesto do que muitos daqueles que fazem uma investigação profunda sobre o assunto hoje.

Froom fez várias referências ao livro de Waggoner, Cristo e Sua Justiça, na tentativa de provar seu ponto de vista. Talvez ele pensasse que nenhum outro conseguiria chegar ali. Entretanto, ele diz algumas coisas que são verdadeiras, e nós iremos dar uma olhada nelas primeiro. Ele diz:

As primeiras seis seções, tratam da transcendência natural e o completo envolvimento da Deidade de Cristo. Como declarou, estabelecer esta verdade fundamental foi o primeiro interesse de Waggoner. Ele se sentiu compelido a tomar nota de certos conceitos falsos, e também apresentar a positiva verdade da completa Deidade de Cristo e seu eterno lugar na Divindade, ou Trindade, com Seus infinitos atributos e prerrogativas – de forma que realmente possa compreender a Cristo a quem pertence a justiça o qual estamos para pedir e receber. (idem. p. 192 – ênfases de Froom).

A primeira parte desta declaração é verdadeira. Nos primeiros seis capítulos de seu livro, Waggoner esforça-se ao máximo para mostrar que Cristo é um ser completamente divino, de fato, ele usa a palavra “Deus” muitas vezes com referência a Cristo. Entretanto, Froom continua a dizer que Waggoner teve a intenção de apresentar a idéia de que Cristo fazia parte de uma Trindade! Ele diz novamente:

Waggoner declara expressamente que Cristo é “parte da Divindade” – a Segunda Pessoa da Trindade. Ele é apresentado como “igual ao Pai [ou Primeira Pessoa] em todos os aspectos”, sem faltar “um jota” de igualdade com Ele. (Idem., p. 274 – ênfase no original).

Como podemos ver, no conceito de Waggoner, o termo Divindade inquestionavelmente apoiava a constituição de pluralidade de pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – no desenvolvimento do plano da redenção, em completa unidade e coordenação. Waggoner era um universitário bem versado em terminologia teológica e um amplo leitor de literatura teológica.

Waggoner discursou com estudado cuidado. Ele formulou seus pensamentos com exatidão, e na completa compreensão de seus esclarecimentos. Ele acreditava claramente na Trindade de Pessoas que compõe a Divindade. E em uma mesma estrutura de referências ele também reconhece os componentes, Primeira, Segunda, e Terceira Pessoas como co-iguais e consubstanciais – em conflito direto com os contrários pontos de vista do Arianismo, os quais, nas primeiras porções de sua apresentação, ele estava efetivamente refutando. (Ibid.  p. 279 – ênfases no original).

Quando dizemos que alguém “expressamente declara” o que nós queremos dizer? Queremos dizer, “sem dúvida alguma, inquestionavelmente, especificamente”. Quando você faz uso de uma expressão como essa, ninguém pode se confundir sobre o que você está querendo dizer. Froom disse que Waggoner expressamente declara que Cristo é parte da Divindade, a segunda pessoa da Trindade. Esta é uma mentira grosseira, como nós iremos logo provar. LeRoy Froom foi reverenciado por anos como um dos grandes historiadores na igreja. Seus livros são comentados quase com reverência. Entretanto, nossas credenciais não interessam ao Rei diante de quem um dia devemos estar de pé. Se você é um mentiroso, não importa o que você coloca sobre a cabeça, que roupa veste ou que tipo de títulos dão a você, nesta avaliação da mensagem de Waggoner, LeRoy Froom provou ser ele mesmo um desvirtuador da verdade.

Froom afirmou que Waggoner era uma pessoa que falava com estudado cuidado e eu penso que aqueles que têm lido algum material de Waggoner, deverão concordar com isso. Waggoner usou suas palavras cuidadosamente e sabia exatamente o que estava tentando dizer. Froom continuou a afirmar que, quando Waggoner se referiu a Divindade, ele estava querendo dizer três pessoas, e disse que este era um fato inquestionável. Ele ainda declara que Waggoner acreditava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram “consubstanciais”! Dizer que Waggoner acreditava na Trindade já é bastante mal, mas afirmar que ele acreditava neles como consubstanciais é dizer que ele acreditava na Trindade Católica, e esta mentira é maior que a primeira. Agora vamos ao livro de Waggoner, porque ninguém melhor do que ele próprio para esclarecer em que acreditava.

Como declarado antes, é verdade que Waggoner ensinou que Cristo é completamente divino. A seguinte declaração de seu livro, Cristo e Sua Justiça, apresenta este fato mais claramente:

A Perspectiva de Waggoner

Cristo está comprometido com a mais alta prerrogativa, a de julgar. Ele deve receber a mesma honra que é devida ao Pai, e é por esta razão que Ele é Deus. O discípulo amado deu este testemunho: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus”. João 1:1. Esta Divina Palavra não é outra senão Jesus Cristo, como é demonstrado pelo verso 14: “E a Palavra foi feita carne e habitou entre nós (e nós vimos a sua glória, glória como do único gerado do Pai), cheio de graça e verdade”. (Cristo e Sua Justiça, pp. 8, 9).

Sem dúvida, o fato de que Cristo é uma parte da Divindade, possuindo todos os atributos da Divindade, sendo igual ao Pai em todos os aspectos, como Criador e Legislador, é o único poder que existe na expiação. É somente isto que torna a redenção uma possibilidade. Cristo morreu “a fim de que ele pudesse nos conduzir a Deus” (I Pedro 3:18). Mas se Ele faltou um jota para ser igual a Deus, ele não pôde nos conduzir a Ele. Divindade significa possuir os atributos da Deidade. Se Cristo não era Divino, então tivemos apenas um sacrifício humano. Esse sacrifício não é importante, então, se essa era a condição de Cristo como a maior inteligência criada no universo; neste caso, Ele seria um ser subordinado a lealdade devida à lei, sem habilitação para fazer algo mais que Sua própria obrigação. Ele não poderia ter justiça para repartir com outros. Existe uma infinita distância entre o mais alto anjo já criado e Deus; portanto, o mais elevado anjo não poderia erguer o homem caído e torná-lo participante da natureza Divina. Anjos podem ministrar; apenas Deus pode redimir. Graças a Deus que nós somos salvos “através da redenção que está em Cristo Jesus”, em quem habita corporalmente toda a plenitude da Divindade e que é, então, capaz de salvar totalmente aqueles que se achegam a Deus por meio Dele. (idem., pp. 43, 44)

Esta verdade nos ajuda a compreender mais perfeitamente a razão porque Cristo é chamado a Palavra de Deus. Ele é o único através de quem a Divina vontade e poder são feitos conhecidos ao homem. É ele, por assim dizer, a expressão da Divindade, a manifestação da Divindade. Ele declarou ou fez Deus conhecido ao homem. Foi do agrado do Pai que Nele residisse toda a plenitude; e, portanto, o Pai não é removido a uma segunda posição, como alguns imaginam, quando Cristo é exaltado como Criador e Legislador para a glória do Pai que resplandece através do Filho. Desde então Deus é conhecido apenas através de Cristo, é evidente que o Pai não pode ser honrado como Ele deve ser honrado, por aqueles que não exaltam Cristo. Como o próprio Cristo disse, “Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou”. João 5:23, (idem, pp. 44, 45).

Nos seis primeiros capítulos, a divindade de Cristo é em grande parte o foco de Waggoner. Ele tenta provar que Jesus não foi criado; Ele não era um ser inferior a Deus. O único que nos redimiu é verdadeiramente um ser divino. Este era o seu foco. Ele estava tentando mostrar ao homem, a grande e exaltada obra que tinha sido feita em nosso benefício. Não era um ser inferior que morreu pela humanidade, mas o único que era mais alto que qualquer coisa ou inteligência criada possa compreender. O preço pago por nós é infinitamente maior! Waggoner entendeu que as pessoas necessitam compreender quem Cristo era. Eles precisavam receber a Cristo como ele verdadeiramente era, se eles estavam se relacionando sempre com Ele de maneira correta. Veja como Ellen White concordou que era isso que Waggoner tentou expressar para as pessoas:

Estas mensagens trazem as credencias divinas e tem sido enviadas ao povo de Deus; a glória, a majestade, a justiça de Cristo, cheias de bondade e verdade, foram apresentadas; a plenitude da Divindade em Jesus Cristo tem sido apresentada entre nós com graça e beleza, a fim de encantar todos os corações que não estão fechados com o preconceito. Nós sabemos que Deus tem operado entre nós. Temos visto almas volverem-se do pecado para a justiça. Temos visto a fé reviver nos corações dos contritos. (Review and Herald, May 27, 1890).

Portanto, Ellen White concordou que o Foco de Waggoner era Cristo, com uma ênfase sobre Sua deidade. Todavia, se nós deixássemos isso de lado não teríamos falado a verdade completamente. Nos primeiros quatro capítulos do livro, Waggoner enfatiza, justamente como ele faz com a divindade de Cristo, o meio pelo qual Cristo obteve Sua divindade. Isto é algo que Froom distorce e procura esconder em seu livro.

De que forma Cristo é divino? Os católicos e as pessoas que adotam sua teologia dizem que Cristo é divino, porque Ele é o próprio Deus. Sua idéia é: Deus é uma substância, semelhante ao que Froom disse, “consubstancial”. Deus é uma substância, e existem três pessoas que se “espremem” nessa substância ou que existem na substância. Todos eles sempre existiram, todos são um único ser, mas envolvido em mistério insondável; de forma indefinível, essas três pessoas existem em uma só substância. É realmente um mistério, e nós não somos capazes de compreendê-lo, somente acreditar nele. A afirmação é, Cristo é Deus porque Ele é Deus. Porque Ele é o próprio Deus, sempre foi, sempre será.

A outra versão adotada pela atual Igreja Adventista do Sétimo Dia diz que Cristo é Deus porque Ele é um dos três Deuses. Ele sempre foi e sempre será. Existem estes três Seres que simplesmente por acaso estão lá desde toda a eternidade.

Mas Waggoner esteve ensinando outra coisa, e quando ele ensinou isto, Ellen White, pregando um sermão em Roma, Nova York, em 19 de junho de 1889 disse:

Quando o irmão Waggoner apresentou essas idéias em Minneapolis, este foi o primeiro claro ensino sobre este assunto proferido por lábios humanos que eu já tinha ouvido, exceto de conversas entre eu e meu marido. Eu tenho dito a mim mesma, isso é porque Deus as apresentou a mim em visão que eu vi tão claramente, e eles não as viram porque jamais foram apresentadas diante deles como foi para mim. E quando outro as apresentou, cada fibra do meu coração disse, Amém. (manuscript Releases, Vol. 5, p. 219).

Este é o testemunho de Ellen White com respeito à mensagem de Waggoner. Nos quatro volumes, Os Materiais de 1888, Você jamais encontrará uma palavra que Ellen White proferiu contra o conteúdo da mensagem. Jamais! Aqui está o que ela disse outra vez, conforme relembrou em Os Matérias de 1888:

Eu vi a beleza da verdade na apresentação da justiça de Cristo em relação à lei como o doutor a tinha exposto diante de nós. Vocês; muitos de vocês dizem: isto é luz e verdade. Apesar disso, vocês não a apresentaram nesta luz até aqui. Não é possível que através de um sério, e piedoso pesquisador das Escrituras tenha visto ainda grande luz sobre alguns pontos? Estes que têm sido apresentados harmonizam-se perfeitamente com a luz que Deus me tem dado durante todos os anos de minha experiência. (The 1888Materials, p. 164). 

É importante notar que a palavra “perfeita” aqui. É uma palavra muito dura, por isso não deixe a sala para se beliscar. Se eu digo que algo é perfeito, e você encontra alguma falha nele, eu estou provando ser um mentiroso, Ellen White disse que a mensagem pregada por Waggoner harmonizava-se “perfeitamente” com a luz que Deus tinha lhe dado durante “todos os anos” de sua experiência. Agora, eu imaginaria que se Waggoner teve uma pequena falha ali, Ellen White talvez tenha dito que a maioria daquilo que ele pregou era a verdade, e ainda havia falhas, a base disso estava correta. Ela poderia ter omitido a palavra “perfeitamente” e dito apenas, “ela se harmoniza com a luz que Deus me tem dado”. Mas porque ela incluiu a palavra “perfeitamente” se ela não estivesse tentando dizer alguma coisa? Ela estava tentando nos enganar? Não! Eu penso que qualquer que fosse a mensagem, não existiu nenhuma falha na mensagem, justamente como ela declarou, e eu quero que você considere à medida que lermos as citações de Waggoner as quais Froom propositalmente ignorou em sua avaliação da mensagem. Conforme você ler estas citações você poderá julgar por si mesmo, se Waggoner estava ou não, tentando trazer a doutrina da Trindade para dentro da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

As idéias de Waggoner sobre a Divindade de Cristo

Todas as coisas, afinal, procedem de Deus, o Pai, mesmo o próprio Cristo procedeu e nasceu do Pai, mas foi da vontade do Pai que Nele residisse toda a plenitude, e que Ele seria o agente direto e imediato em todo ato de criação. (Cristo e Sua Justiça, p. 19).

Nós sabemos que Cristo “procedeu e veio de Deus” (João 8:42), mas isto foi tão distante nas eras da eternidade que está muito além da compreensão da mente humana. (idem).

Este nome [Deus] não foi dado a Cristo em conseqüência de alguma grande realização, mas ele é Seu por direito de herança. Falando do poder e grandiosidade de Cristo, o escritor para os Hebreus disse que Ele é feito mais excelente que os anjos, porque, “Ele por meio da herança obteve um nome mais excelente que o deles” Heb. 1:4. Como justamente um filho toma o nome do pai, Cristo, como “o único Filho nascido de Deus”, tem justamente o mesmo nome. Um filho, também, é em maior ou menor grau, a reprodução do pai; ele tem de certa forma os traços e características pessoais de seu pai; não perfeitamente, porque não existe perfeita reprodução entre os seres humanos. Mas não existe imperfeição em Deus, ou em alguma de suas obras, e assim Cristo é a “expressa imagem” da pessoa de Seu Pai. Hebreus 1:3. Como Filho do Deus auto-existente, Ele tem por natureza todos os atributos da Deidade (idem., pp. 11, 12)

É verdade que existem muitos filhos de Deus, mas Cristo é o “único Filho gerado de Deus”, e, portanto, é o Filho de Deus de uma maneira que nenhum outro ser jamais foi ou jamais poderá ser. Os anjos são filhos de Deus, como era Adão (Jó 38:7; Lucas 3:38), pela criação; os cristãos são filhos de Deus por adoção (Romanos 8:14, 15), mas Cristo é o Filho de Deus pelo nascimento. O escritor aos Hebreus mais adiante mostra que a posição do Filho de Deus não é uma que Cristo tenha sido elevado, mas é a que Ele tem por direito. Ele disse que Moisés era fiel em toda a casa de Deus, como um servo, “mas Cristo como um filho sobre Sua própria casa”.  Hebreus 3:6. E ele ainda declara que Cristo é o construtor da casa. Verso 3. É Ele quem construirá o templo do Senhor e levará a glória.  Zacarias 6:12, 13). (idem., pp. 12, 13)

As Escrituras declaram que Cristo é “o único Filho gerado de Deus.” Ele é gerado, não criado. Quando Ele nasceu, isto não podemos investigar, nem nossas mentes podem compreendê-lo se isso nos fosse falado. O profeta Miquéias conta-nos tudo aquilo que nós podemos saber sobre isso nestas palavras, “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade”. Miquéias 5:2, margem. Houve um tempo quando Cristo saiu e veio de Deus, do seio do Pai (João 8:42; 1:18), mas este tempo era tão afastado nos dias da eternidade que para a mente finita isso é praticamente sem princípio.

Mas o fato é que Cristo é um Filho gerado e não um servo criado. Ele tem por herança um nome mais excelente que os anjos; Ele é “um Filho sobre Sua própria casa”. Hebreus 1:4; 3:6. E sendo que Ele é único Filho gerado de Deus, Ele é da mesma substância e natureza de Deus e possui pelo nascimento todos os atributos de Deus, pois foi do agrado do Pai que Seu Filho deveria ser a expressa imagem de Sua Pessoa, o resplendor de Sua glória, e cheio com toda a plenitude da Divindade. Portanto, Ele tem “vida em Si mesmo”. Ele possui imortalidade em Seu próprio direito e pode conferir imortalidade a outros. Vida inerente Nele, de forma que ela não pode ser tirada Dele, mas a tendo voluntariamente deixado, Ele pode tomá-la outra vez. (idem., pp. 21, 22).

Isto era o que Waggoner ensinou. Waggoner teve uma razão para explicar como Cristo tornou-se Deus; Ele era Deus porque Ele era o Filho de Deus. Todavia, apesar de todas estas, assim chamadas, declarações “heréticas”, Ellen White sempre declarou que elas se harmonizavam perfeitamente com a luz que Deus tinha dado a ela durante “todos” os anos de sua experiência!! O que Deus tinha mostrado a Ela? Se Waggoner ensinou heresia, então Deus deve ter mostrado heresias a Ellen White durante todos os anos de sua experiência!!

A crença de Waggoner, pelas definições de hoje, é denominada, “semi-Arianismo”. No entanto, isto é o que Waggoner pregou e é isto que, segundo Ellen White disse, levou cada fibra do seu ser dizer “amém”.

As pessoas declaram que nós humilhamos Cristo quando dizemos que Ele não é o próprio Deus. Mas que maior honra pode ser dada a uma pessoa do que o reconhecimento que Ele e Deus são da mesma natureza, da mesma essência, como Deus Todo-Poderoso? Isto é algo que os discípulos tentaram levar às mentes daqueles judeus.  Eles simplesmente não podiam acreditar que alguém poderia estar no mesmo nível.

Jesus disse “Eu sou o Filho de Deus” e eles pegaram em pedras para assassiná-lo. “Eles compreenderam que quando Ele disse,  “Eu sou o Filho de Deus”, estava dizendo, “Eu tenho a mesma natureza de Deus”, Eu vim de Deus”. Ele não disse, “Eu sou Deus”, mas, “Eu sou o Filho de Deus”, e eles entenderam o que Ele estava querendo dizer, que Ele tinha a mesma natureza de Deus. Não que Ele fosse Deus, mas que Ele era igual a Deus.

Em cada estágio da controvérsia, o propósito que Satanás tem tido é destruir a verdade que Jesus é o Filho de Deus. No Céu, Deus disse, “Este é o meu Filho amado”. Satanás disse, “Ele não é alguém especial, Ele e eu estamos no mesmo nível. Se Ele está no concílio, eu também devo fazer parte dele”. Ele não reconhecia que Cristo era o Filho de Deus, nem reconhece a diferença que existe entre ele e Cristo. Ele se opôs à posição de Cristo porque imaginava que era igual a Cristo.

Quando Jesus veio a terra, a primeira coisa que Satanás lhe disse quando deu início ao Seu ministério público foi, “Se você é o Filho de Deus...” Ele tentou destruir Sua crença que Ele era o Filho de Deus. E todas às vezes quando Jesus esteve aqui sobre a terra disse, “Eu sou o Filho de Deus”, os judeus tentaram matá-lo. Quando estava na cruz, eles disseram “se você é filho de Deus, desça da cruz”, o que era suficiente para levantar uma tempestade de oposição contra ele. Satanás verdadeiramente odeia esta verdade.

Poucos séculos após a morte dos apóstolos, os líderes da Igreja reuniram-se para resolverem sobre a questão da posição de Jesus na Divindade. No Concílio de Nicéia a base da doutrina da Trindade foi estabelecida, e foi determinado que Jesus não era, de maneira alguma, o Filho literal de Deus.

Poucos séculos depois, a religião do Islamismo foi estabelecida. O Islamismo era extremamente diferente do Cristianismo em muitos aspectos. No entanto, ele reconheceu Jesus como um profeta, na realidade como um grande profeta, mas ele, junto com o Papado, nega que Jesus era o Filho literal de Deus.

Mais alguns séculos, e começou a Reforma Protestante. Desafortunadamente, eles pararam de reformar e protestar e, a maioria deles, jamais se apartou da doutrina da Trindade, e também negam que Jesus o Filho literal de Deus.

Então em 1844, Deus levantou um movimento, e Ele lhes entregou a verdade sobre Jesus. Os pioneiros Adventistas acreditaram e ensinaram que Jesus é o Filho literal de Deus. Todavia, vamos olhar o que aconteceu, e no que existe hoje. Aproximadamente, dez milhões de Adventistas do Sétimo Dia hoje aceitam a crença que Jesus não é o Filho literal de Deus!! Esta é a principal e a mais importante verdade na Bíblia (João 3:16), No entanto, o mundo cristão inteiro declara, “Ele não é o Filho literal de Deus!!” Você não percebe? Existe a gigantesca apostasia que tem varrido o mundo inteiro!

Mesmo assim, esta verdade que Jesus Cristo é o Filho de Deus, abalou o mundo nos tempos apostólicos. Esta maravilha transformou a igreja apostólica, e o mesmo poder existe nesta verdade hoje. Por isso, esta era uma das razões que Ellen White disse que existia o grande poder nesta mensagem.

Waggoner respondeu claramente as acusações daqueles que declaravam que, afirmar ser Jesus o Filho literal de Deus é uma negação de Sua Divindade. Como Ele poderia torna-se divino de outra maneira se não fosse nascido da divindade? Meu filho veio de mim; Eu não produzi uma espécie de gato ou cachorro. Da humanidade deve vir o ser humano. Meu filho é humano mesmo que ele se pareça com um verme, um cachorro, ou um gato, porque ele é nascido da humanidade. Quando Cristo veio a esta terra e deixou de lado Sua glória divina, Ele ainda era divino? Sim, porque Ele nasceu da divindade, E Nele existiu algo que o homem não teve. Ele teve a natureza pura e santa que nenhum homem jamais teve nem jamais terá. Nele mesmo, Ele era perfeito, espírito puro, o mesmo ser que tinha sido com o Pai desde a eternidade. Ele deixou de lado Seu poder, mas não pode colocar sua identidade de lado. Ele não poderia mudar quem Ele era.

Você pode cortar a mão ou o pé de um homem, cortar sua língua até que ele não possa mais falar, e ainda assim ele permanecerá sendo um ser humano. Jesus não poderia ser diferente de divino porque Ele nasceu de um Ser divino. Aqueles que confessam que Jesus é o verdadeiro, Filho gerado de Deus, têm uma razão para acreditar que temos um Salvador divino. Tudo que os outros podem dizer é, “isto é mistério”. Mas, isto é um mistério somente para aqueles que não desejam aceitar os claros ensinos das Escrituras Sagradas.

A Necessidade do Mundo para uma Revelação do Caráter do Deus de Amor

De acordo com Ellen White, existe outro fator nesta última mensagem para ser dada ao mundo:

É a escuridão da falta de compreensão de Deus que está envolvendo o mundo. Os homens estão perdendo o conhecimento de Seu caráter. Ele foi mal-compreendido e mal-interpretado. E neste tempo uma mensagem de Deus será proclamada, uma mensagem iluminadora em sua influência e em seu poder salvador. Seu caráter será feito conhecido. Nas trevas do mundo será derramada a luz de Sua glória, a luz de Sua bondade, graça e verdade.

Aqueles que esperam a vinda do noivo devem dizer ao povo, “Eis aqui o nosso Deus.” Os últimos raios de sua misericordiosa luz, a última mensagem de graça que será dada ao mundo, é a revelação de Seu caráter de Amor. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Em seu próprio caráter e vida precisam revelar o que a graça de Deus tem feito por eles. (Parábolas de Jesus, pp. 415, 416).

Compreender mal significa enganar-se! A escuridão que envolve o mundo, não é o Movimento Nova Era, ou os assassinos, estupradores, ladrões e toda espécie de terrorismo. Ellen White diz que as trevas que cobrem o mundo, a verdadeira escuridão, é o conhecimento equivocado do caráter de Deus. Se os homens pudessem compreender quem é Deus, a luz extinguiria as trevas. Ela está falando a respeito da última mensagem. O caráter de Deus estará diante do mundo, esta é a última mensagem para a humanidade. (Isaías 60:1-3). Portanto, nós podemos falar sobre a marca da besta, a lei dominical e todas estas coisas, mas não devemos esquecer que a última coisa que o mundo verá, e que precisam ver, é o caráter do Deus de Amor. Esta é a mensagem em sua essência. Sabemos que não importa o que estamos pregando, seja qual for o pequeno ponto de doutrina, ele tem que vir embrulhado no pacote do caráter do Deus de Amor.

Eu aprendi sobre o amor de Deus numa noite quando estava chovendo muito forte, e em minha casa estava gotejando. Nós ainda estávamos no processo de construção e já nos encontrávamos morando nela. Era sexta-feira à noite, e a chuva estava caindo há três dias sem parar. Finalmente ela começou vindo através da parede. Eu peguei um pano e comecei a tirar a água com ele, mas a parede estava encharcada e a água continuou a invadir a casa. Depois de estar fazendo aquilo por mais ou menos uma hora, eu entendi que a água estava entrando mais rápido que eu poderia enxugar, e nesta noite de sexta, eu poderia retirar água a noite toda, ou então, se parasse, a casa ficaria toda inundada. Naquele momento veio-me o pensamento, “Nosso Pai controla a chuva”. Poderia orar para Deus parar a chuva? Isso era uma coisa bem pequena, era um pedido justo poupar-me de retirar água a noite toda, mas eu decidi falar com Ele sobre isso, e assim orei. Eu orei e retirei água por mais cinco minutos, e então o barulho no telhado parou. Cinco minutos, então um pequeno momento de incredulidade,… vou ver se ela vai voltar? Mas esta foi a primeira vez que a chuva parou por três dias! Eu guardei o pano e meu balde, e não mais respingou aquela noite. Ela tinha passado. Eu O amo porque faz todas estas coisas por nossa causa, e podemos amá-lo porque vemos Ele realizar estas coisas. Mas, Ele não nos pede para reconhecermos Seu amor apenas nestas coisas. Existe algo infinitamente maior do que tudo isso. Ellen White escreveu:

A glória do evangelho está fundamentada sobre os princípios de restauração da raça caída na divina imagem através de uma constante manifestação de benevolência. Esta obra começa nas cortes celestiais. Ali Deus decide conceder aos seres humanos uma clara evidência do amor com o qual Ele os aprecia. Ele “amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16. ...

A contemplação deste amor limpará a alma de todo egoísmo. Ela conduzirá o discípulo a nega-se a si mesmo, tomar sua cruz, e seguir o Redentor.  (Conselho sobre saúde, p. 222)

O plano de Deus é restaurar Sua imagem em você e em mim pela demonstração contínua de sua bondade para conosco. Através da contemplação desta bondade, nós seremos transformados. Se você pode compreender aquilo que Ele fez quando deu Seu Filho, essa compreensão limpará sua alma de todo egoísmo. O pastor, o líder, todos nós, podemos pregar até ficamos azuis: “Tu não deves, tu não deves”, e ainda vamos para casa e brigamos, e caímos e caímos. Mas quando você contempla o amor de Deus em Jesus Cristo, isso limpará sua alma de todo egoísmo e, portanto, esta é a mensagem que realizará a obra; somente esta, e nada mais. Quando as pessoas saem e espancam as pessoas falando aos ouvidos delas sobre a marca da besta, apenas isto não irá transformá-las. O egoísmo é um pobre motivo para vencer o pecado. Você pode levar medo aos corações dos homens até que percebam que estão à beira do inferno, e ainda assim, eles não serão verdadeiramente transformados, porque aqueles princípios, aqueles motivos de medo, não mudam os corações dos homens. O único conhecimento que pode fazer isso é o conhecimento do amor de Deus, e isto é completa e claramente manifestado através do dom de Seu Filho.

Ao dar Seu único Filho gerado para morrer pelos pecadores, Deus manifestou amor ao homem caído que é sem comparação. Nós temos inteira fé na Escritura que diz, “Deus é amor”. (1 João 4:8).

O amor de Deus como manifestado em Jesus, nos conduzirá para a verdadeira concepção do caráter de Deus. (Mensagens Escolhidas, Vol. 1, p. 311).

Todo amor paternal que tem sido derramado de geração a geração nos corações humanos, toda primavera de ternura que tem sido aberta na alma dos homens, são como um pequeno riacho diante do oceano sem limites quando comparados ao infinito, e inesgotável amor de Deus. Nem lábios podem descrevê-lo. A pena não pode retratá-lo. Você pode meditar sobre ele cada dia de sua vida; pode buscar nas Escrituras diligentemente a fim de compreendê-lo; pode reunir todo o poder e capacidade que Deus tem dada a você na tentativa de compreender o amor e compaixão do Pai celestial; e ainda assim existirá uma infinita distância. Você pode estudar este amor por séculos, e ainda assim você jamais poderá compreender inteiramente o comprimento e a largura, a profundidade e a altura, do amor de Deus em dar Seu Filho para morrer pelo mundo. A própria eternidade jamais o poderá revelar completamente. Apesar de estudarmos a Bíblia e meditar sobre a vida de Cristo e o plano da redenção, estes grandes temas estarão à nossa compreensão mais e mais. (Testemunhos para a Igreja, Vol. 5, p. 740).

Deus nos mostrou um amor que é sem comparação. Você não pode ver algo semelhante a ele em qualquer outro lugar do universo. Você pode ouvir sobre uma mãe que deu sua vida para salvar o filho, ainda assim, não existe comparação ao amor que Deus mostrou em dar Seu Filho para morrer por Nós. É isso o que ela diz, e você sabe em seu coração, mesmo se Ellen White não tivesse dito, que isso é verdade.

O que é que o mundo precisa ver? O mundo precisar ver o caráter de Deus. Esta é a última mensagem de graça para ser dada ao mundo, mas onde este caráter é manifestado? Ele é revelado no dom de Seu Filho. Aqueles que não acreditam que Jesus é o Filho de Deus, não podem ter uma real apreciação de Seu caráter, e o que é a verdade. Somente a verdade santifica, e os homens que acreditam numa mentira jamais se tornarão naquilo que Deus deseja que eles se tornem. Esta é a razão pela qual nós devemos levar a mensagem a cada homem, mulher e criança sobre a face do planeta. Esta foi a verdade nos dias dos discípulos, está foi a verdade em 1844, e ainda é a verdade hoje, é a responsabilidade que resta sobre cada um de nós que conhecemos esta verdade para realizar tudo em seu poder mesmo, em face dos obstáculos, sofrimentos, escassez e uma má reputação, para ajudar as pessoas a conhecer aquilo que conhecemos.  É para isso que Deus nos levantou, e temos algo para realizar em nosso poder, muito mais do que tenhamos feito, e tentar demonstrar esta mensagem ao mundo inteiro. Nós somos poucos e pequenos, e temos recebido grande oposição, mas Deus e a verdade estão ao nosso lado.

Ellen White apresentou algumas características da mensagem final que dará ao mundo. Algumas delas nós temos já vimos neste artigo, e neste momento vamos examinar algumas outras:

Características da Mensagem

·        Ela despertará o medo de líderes que irão se opor a ela.

Na manifestação do poder que iluminará a terra com a glória de Deus, eles verão apenas alguma coisa que em sua cegueira imaginarão que é algo perigoso, algo que despertará seus temores, e se unirão para resisti-la. Porque o Senhor não trabalha de acordo com suas idéias e expectativas, eles irão se opor à obra. “Porque”, eles dizem, “Não deveríamos reconhecer o Espírito de Deus, visto que estivemos na obra durante muitos anos?”.

·        Ela será declarada uma falsa luz por aqueles que falharam em andar e nesta grandiosa glória.

A terceira mensagem angélica não será compreendida, a luz que iluminará a terra com sua glória será declarada uma falsa luz por aqueles que recusam andar nesta grandiosa glória. (Review and Herald, 27 de maio, 1890).

·       Ela será contrária aos planos humanos, e fora da ordem natural.

A menos que aqueles que podem contribuir – sejam despertados ao senso de suas responsabilidades, eles não reconhecerão a obra de Deus quando o alto clamor do terceiro anjo for ouvido. Quando a luz for enviada para iluminar a terra, em vez de virem e cooperarem com o Senhor, eles desejarão amarrar a obra para vir de encontro às suas acanhadas idéias. Deixem-me lhes falar que o Senhor operará em sua última obra de uma forma muito diversa da ordem comum das coisas, e de uma maneira que será contrária a qualquer plano humano. ... Os obreiros serão surpreendidos pelos meios simples que Ele utilizará para realizar Sua perfeita obra de justiça. (Testemunhos para Ministros, p. 300).

·        Deus tomará a direção em Suas próprias mãos, e tirará das mãos daqueles que querem controlar a obra.

Existirão aqueles entre nós que sempre desejarão controlar a obra de Deus, para ditar assim os passos que deverão ser dados quando avançar sob a direção do anjo que se unirá ao terceiro anjo na mensagem que dever ser dada ao mundo. Deus usará maneiras e meios pelos quais será percebido que Ele está tomando a direção em Suas próprias mãos. (Idem).

·        Os homens que estão ditando regras serão lançados fora.

Deus usará homens de humildes posições para declarar a mensagem da verdade presente... Muitos, mesmo dentre os de pouca cultura proclamarão a palavra do Senhor. Crianças serão impelidas pelo Espírito Santo para ir adiante a fim de proclamar a mensagem do Céu. O Espírito será derramado sobre aqueles que darão seus respectivos frutos. Deixando de fora homens que governam à força e de cautelosos movimentos, eles se unirão ao exército do Senhor. (Testemunhos para a Igreja, Vol. 7, pp. 26, 27).

 

·       Deus usará humildes instrumentos qualificados pelo espírito, e não por instituições de ensino.

É desta forma que a mensagem do terceiro anjo deverá ser proclamada. Quando vier o momento quando ela deve ser dada com incrível poder, o Senhor operará através de humildes instrumentos, conduzindo as mentes daqueles que se consagraram ao Seu serviço. Os obreiros serão antes qualificados pela unção de Seu Espírito do que pela preparação de instituições de ensino. Homens de fé e oração serão constrangidos a saírem com zelo santo, declarando as palavras que Deus os tem dado. (O Grande Conflito, p. 606).  

·        As invenções dos homens – maquinários humanos serão varridos, e os homens autoritários serão como uma cana quebrada.

Sob os aguaceiros da chuva serôdia as invenções do homem, o maquinário humano, de vez em quando serão arrastados, os limites da autoridade humana serão como uma cana quebrada, e o Espírito Santo falará através do vivo agente humano, com poder convincente. Ninguém observará se as sentenças estão bem colocadas, se a gramática está perfeita. A água viva fluirá através dos próprios condutos de Deus.  

Quando o anjo de Apocalipse 18 descer para realizar sua obra como Ellen White predisse, então nós deveremos esperar ver as seguintes características acompanhando sua obra:

·        O ensino que Cristo é o Filho literal de Deus, nascido antes das eras eternas como um ser individual, separado do Pai.

·        O ensino que Cristo é um ser completamente divino, Deus por natureza, em virtude da hereditariedade.

·        A plenitude da Divindade, a justiça de Deus nos é dada como fazendo parte do próprio Cristo, porque Ele próprio possui estas coisas.

·        Um retorno dos homens e de organizações humanas para Cristo.

·        Um testemunho contra aqueles que desejam dominar e estar acima das pessoas. Ela é uma mensagem que coloca em risco seus sistemas e autoridade.

·        A mensagem será ridicularizada, criticada e sofrerá oposição da maioria.

·        Os líderes imaginarão que ela é perigosa, ela agitará seus temores e se unirão a fim de resisti-la.

·        Ela será chamada uma falsa luz por aqueles que recusam andar em sua grandiosa glória.

·        Ela será uma revelação do caráter do Deus de amor.

Eu sei de uma mensagem que sustenta todas as características mencionadas aqui. Aqueles que a aceitam são poucos, eles são pobres, e estão sendo assaltados por todos os lados, mas eles acreditam que estão fazendo o trabalho de Deus, porque todas as evidências são claras.

É interessante Ellen White dizer que os líderes pensarão que ela é perigosa, ficando receosos dela e se unido para resisti-la. Muitas novas doutrinas estão rondando hoje, incluindo ensinos como “Deus não destrói”, “os Cristãos precisam guardar os dias de festas”, e “Deus deve ser chamado pelo santo nome”. Muitos dos ministérios independentes, assim como a Igreja oficial dos Adventistas do Sétimo Dia, lutam contra esses ensinos. Mas, curiosamente, existe uma crença que todos se opõem acima de qualquer outra.

Unidos a fim de resistir a Verdade

Bob Trefz: Cherith Chronicle

Esta grande verdade tem sido mal-compreendida e pervertida pelos assim-denominados “anti-trinitarianos” que negam que Jesus é absolutamente Deus com vida original, não emprestada, não derivada. Eles pegam as declarações de Jesus a respeito de Sua encarnação, humilhação, Seu voluntário esvaziamento de Si mesmo para nossa condição enquanto nesta terra, e procurar usar aquelas declarações para negar a clara posição ensinada pela inspiração de que Jesus é Deus. Um falta de compreensão do grande plano da redenção é crucial para entender as várias declarações de Jesus sobre Sua dependência de Seu Pai enquanto andou nos caminhos empoeirados desta terra. (Cherith Chronicle, Abril-Junho 1999, artigo, “O auto-esvaziamento de Cristo”).

Kevin D. Paulson: Our Firm Foundation

Muitas daquelas mesmas pessoas que desejam ressuscitar o Arianismo (ou semi-arianismo) dão seus pontos de vista sobre a divindade de Cristo sustentada por alguns de nossos pioneiros adventistas. Aqueles que falam dessa necessidade de retornar para os ensinos dos pioneiros precisam lembrar disso: Somente um pioneiro foi inspirado, e o nome dela era Ellen G. White. (Nosso Firme Fundamento, Dezembro 1998, artigo, “Em defesa da Trindade”).

Colin & Russell Standish: Remnant Herald

As Escrituras revelam somente dois nos quais Cristo foi gerado do Pai – em Seu nascimento “ao entrar no mundo” e em Sua ressurreição. Nenhum desses enventos permite dar o menor crédito para o ponto de vista que Cristo era foi uma emanação do Pai em algum tempo no passado ou que Ele foi desprovido de vida desde a eternidade. (Remnant Herald, April 1997, artigo, “Ventos de Doutrina nº 02, Cristo Gerado”).

John Grosboll: Landmarks

Um segundo ponto que notamos nos escritos de Ellen White é que ela fala de um Deus. Ela não ensina que existem três Deuses, mas que existe um Deus. E ainda, ao mesmo tempo, como veremos, ela ensina que este único Deus inclue o Pai, o Filho, e o Espírito Santo, os quais são três personalidades misteriosamente unidas como uma só. ...

Portanto, esta ‘unidade eterna’ deve incluir ambos o Pai e o Filho. Nesta passagem ela está comentando Ezequiel 1:4, 26, e 10:8. Perceba que existe apenas um sobre o trono. Existe um Deus, mas este Deus inclui ambos Cristo e Pai. (Landmarks, Dezembro 1996, artigo, “A Divindade”).

Vance Farrell: Pilgrim’s Rest

A Igreja Católica Romana finalmente aceitou, inteira ou parcialmente, a correta visão de que Cristo é o divino Espírito Santo também fazem parte na Divindade. (A Divindade, folheto DH201).

Ralph Larson: Our Firm Foundation

Porque as Escrituras se referem a Cristo como o Filho “único gerado” de Deus? Porque Ele foi concebido do Espírito Santo útero de Maria e começou Sua vida sobre a terra pelo processo natural do nascimento. (Our Firm Fundation, Fevereiro 1994, artigo, “Água como uma Torrente”).

William Grotheer: Watchman what of the night?

Jesus teve um início em Belém. (Note o nome designado de “Jesus”, o Deus-homem, começou em Belém). Com Deus como um “agente” causador, você tem Dois Seres – Deus e o Espírito Eterno antes de Belém, e Três Seres – Deus, o Espírito Eterno, e Jesus – depois.

“A idéia de que Cristo foi ‘gerado’ pelo Pai em algum momento na eternidade passada é totalmente alheia às Escrituras”. (Veja o Comentário Bíblico Adventista, V. 5, p. 902) (Watchman what of the night? – Guarda a que horas estamos da noite?, Vol. 32).

Robert Sessler :The Godhead, 1, 2, or 3 Gods?

O Pai, O Filho, e o Espírito Santo, são cada um infinitos e oniscientes, têm suas próprias personalidades e natureza Celestial! Dessa forma, a Divindade é constituída por três pessoas, seres e Deuses divinos distintos.

As falsas crenças espiritualistas que estão sendo ensinadas sobre a Divindade são: que Jesus foi literalmente originado ou nascido da pessoa do Pai antes da criação, e que Jesus tornou-se o único Filho gerado de Deus; que o Pai é o único e verdadeiro Deus na Divindade, e que existiu um tempo que o Pai existiu sozinho antes gerar a Cristo; que o Espírito Santo não é um ser separado ou outra pessoa distinta do Pai ou do Filho, e que Ele não é o terceiro Ser ou Pessoa da Divindade, mas como sendo um sopro, ou vida, luz, poder, etc., ou a combinação do Pai e do Filho juntos. ( A Divindade 1, 2, ou 3 Deuses?, pp. 28, 29).

Bill Parks

Onde no mundo você pode fazer para que as pessoas recebam APENAS UM DEUS? No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus [1 Deus] e a palavra era Deus [que fazem 2 Deuses] – não apenas UM. Em atos 5 o Espírito Santo é chamado Deus [Deus nº 3]. . . . EU SIMPLESMENTE NÃO ACEITO A DOUTRINA DO ÚNICO DEUS. (um e-mail enviado para várias pessoas).

Kim Kjaer: Amazing Facts

Uma ratoeira é feita de várias partes que trabalham juntas para pegar suas presas ingênuas como ele alegremente dá mordidelas em uma de suas comindas favoritas. Sendo removido um simples componente da ratoeira, como por exemplo, uma mola, suas partes restantes tornam-se inteiramente ineficientes. ... Deus também é uma combinação de três entidades que são manifestadas como o Pai, o Filho, e o Espírito Santo. Onde, se alguma das pessoas da Divindade for removida, Deus deixaria de ser Deus. (Amazing Facts Inside Report, artigo, “A trindade, ela é Bíblica?”).

J.R. Hoffmann: Ministry

O relacionamento Pai-Filho no Novo Testamento sempre deve ser conpreendido sob a luz do evento de Belém. A única criança nascida neste mundo através de um pai divino, em vez de um humano, é Jesus. O título, “Filho” refere-se à sua entrada no tempo determinado e não nega de nenhuma forma Sua eterna origem. Existem referências no Velho Testamento a respeitdo da filiação de Cristo, mas estas são sempre uma antecipação de Sua encarnação. (Ministry, junho de 1992).

Gordon Jensen: Adventist Review

Um plano para salvação foi incluído no pacto feito pelas três Pessoas da Divindade, que possuíam igualmente todos os atributos da Deidade. Para erradicar o pecado e rebelião do universo e restaurar a harmonia e a paz, um dos seres divinos aceitou, e assumiu o papel do Pai, e o outro o papel do Filho. O outro ser divino, o Espírito Santo, foi também participar efetuando o plano da salvação. Tudo isso aconteceu antes do pecado e da rebelião expalhar-se no céu. Pela aceitação das funções que o plano exigia, os divinos Seres não perderam nenhum dos poderes da Deidade. Com respeito à eterna existência deles e outros atributos, eram únicos e iguais. Mas em relação ao plano da salvação, existiu, de certa forma, uma submissão do Filho ao Pai. (Adventist Review, 31 de outubro, 1996, p. 12, estudo da Semana de oração).

Inacreditável que a Bíblia diga que Jesus é o Filho de Deus, o único Filho gerado de Deus, e ainda assim todo mundo venha com todos os tipos de teorias que nem mesmo concordam entre si, exceto em dizer que Ele não era o Filho de Deus! Isso é difícil de acreditar. Entre os cristãos, além de todo o mundo, porque esta doutrina é tão odiada?  Porque eles pensam que ela é perigosa e se unem para resisti-la? Satanás está contra a mensagem porque ele sabe a verdade.

Que Deus nos ajude a reconhecer as implicações destas coisas, porque não se trata de algo apenas que deve ouvido ou pensado a respeito, mas é algo para mudar nossas vidas e nosso foco. Irmãos e irmãs, se Deus está tentando fazer alguma coisa, enquanto estamos vivos, que Ele não nos deixe fora disso. Que nos permita “ficar de pé como o guerreiro” com nossos rostos voltados para o inimigo. Ir ao campo de batalha; e não ser deixado para trás. Permita-nos ver o que podemos fazer com todo o poder que nosso Pai nos concede.  Nos deixe perdir-Lhe direção e prosseguiar adiante. Não importa quão pequenos somos, quão impossibilitados, limitados nossos recursos ou nossos talentos, Deus nos usará para fazer algo grandioso porque esta é a Sua causa; e é Ele quem a promove.  

                                                                      Por David Clayton

   

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