Síndrome da Perseguição
Perseguição aos que guardam o sábado
Na Cidade Velha de Jerusalém, em frente do Portão Novo (New
Gate), um casal de norte-americanos, Roger e Joyce
Brown, adventistas
do sétimo dia, distribuíam panfletos contra o Vaticano e os
Estados Unidos.
Estão unidos para criar uma lei que proibirá os judeus e os
adventistas do sétimo dia de guardar o sábado como dia
santo, explica Roger. Ele
afirma que o respeito ao sábado aproxima judeus e
adventistas do sétimo dia. Por isso, eles estão na Terra
Santa fazendo esse alerta contra a possibilidade de uma lei
mundial que oficialize o domingo como dia santo universal.
Naturalmente, para o leitor não familiarizado com os
escritos dos adventistas surge uma pergunta:
Que identidade de propósitos pode
haver entre o atual papa e o atual presidente dos Estados
Unidos, para
que fossem citados nesses 17 milhões de folhetos em todo o
mundo?
Por que esse número assombroso de folhetos e dispêndios
financeiros tão grandes com missionários espalhados por
todos os lugares nesse alerta mundial?
Interpretação do Apocalipse
Existe uma série de livros publicados pelos adventistas
sobre interpretações do Apocalipse. Possuem um curso por
correspondência sobre esse livro. Para eles é um livro
aberto e de fácil interpretação, notadamente o capítulo 13
que é amplamente explorado. Valem-se desse capítulo para
interpretar que:
"Declara-nos o Apocalipse que pouco antes da Segunda vinda
de Cristo, por força de lei, será imposto a todos, pequenos
e grandes, ricos e pobres, livres e servos, um sinal ... da
besta. Ninguém poderá comprar ou vender qualquer coisa se
não tiver esse sinal da besta (Ap 13.16-17)". [1].
A profecia do capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder
representado pela besta de cornos semelhantes aos do
cordeiro fará com que a
Terra e os que nela habitam adorem
o papado, ali simbolizando pela besta semelhante
ao leopardo. A
besta de dois cornos dirá também aos
que habitam na Terra que façam uma imagem à besta; e,
ainda mais, mandará a todos, pequenos
e grandes, ricos e pobres, livres e servos que
recebam o sinal
da besta(Ap 13.11-16).
Mostrou-se os Estados Unidos são o poder representado pela
besta de cornos semelhantes aos do cordeiro, e que esta
profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a
observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento
especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado os
Estados Unidos não estarão sós. A influência de Roma nos
países que uma vez já lhe reconheceram o domínio está ainda
longe de ser destruída. E a profecia prevê uma restauração
do seu poder. Vi
uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga
mortal foi curada; e toda Terra se maravilhou após a besta (Ap
13.3).
A inflição da chaga mortal indica a queda do papado em 1798.
Depois disto, diz o profeta: A
sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou
após a besta. Paulo
declara expressamente que o homem do pecado perdurará até o
segundo advento (2Ts 2.8). Até mesmo ao final do tempo
prosseguirá com a sua obra de engano. E diz o escritor do
Apocalipse, referindo-se também ao papado: Adoraram-na
todos os que habitam sobre a Terra esses cujos nomes não
estão escritos no livro da vida (Ap
13.8). Tanto no Antigo como no Velho como no Novo Mundo o
papado receberá homenagem pela honra prestada à instituição
do domingo,
que repousa unicamente na autoridade da Igreja de Roma [2].
Sendo a primeira besta o Papado e a segunda, os Estados
Unidos, este verso quer dizer que os Estados Unidos vão
obrigar o povo a adorar o Papado. Unicamente obrigando o
povo a guardar o domingo podem os Estados Unidos fazê-lo
adorar o Papado, pois o domingo existe como dia santo por
autoridade deste [3].
O Esperado Decreto Dominical
Surge, então, o problema magno para os adventistas, objeto
dos folhetos distribuídos pelo casal de americanos: o
folheto traz um alerta: o Papa (a primeira besta de Ap
13)
fará uma aliança com os Estados Unidos (a segunda besta com
chifres de cordeiro), representados pelo seu Presidente e
juntos editarão um decreto de abrangência mundial: todos
devem obrigatoriamente guardar o domingo. Caso não cumpram o
decreto os que assim teimosamente procederem, serão
perseguidos e mortos.
Quem, no caso, seriam os perseguidos? Os
guardadores do sábado, como os Adventistas do Sétimo Dia e
os judeus.
Declaração de um Ex-Adventista
Ubaldo Torres de Araújo foi
adventista por muitos anos. Publicou o livro "Igreja
de Vidro". O autor diz:
"Os líderes do adventismo difundem entre os pobres e
indefesos membros leigos a neurose da perseguição, que é uma
maneira de tirar vantagens imediatas para a Igreja. Falam de
uma perseguição de que serão vítimas, e que, há anos, está
se esboçando no cenário mundial. Afirmam que tudo já está em
andamento nos Estados Unidos. Ensinam que a propalada
perseguição será desencadeada contra eles, justo por serem o
povo de Deus, a nação eleita, o sacerdócio real.
Conheço irmãos que desejam ardentemente a sua chegada. Em
alguns, o desejo chega a ser sádico. Uma verdadeira
obsessão. Conheci, no nordeste, um moço, crente fervoroso,
que me disse, certa ocasião, que estava orando para que logo
chegasse a perseguição. Certamente,
ele gostaria de provar que estava pronto para as suas
conseqüências. Chegou a ler um trecho de O
Grande Conflito para
defender sua ... tese" [4].
Outro escritor, adepto da sindrome
da perseguição, assim
se manifesta:
"Talvez nenhum movimento religioso no mundo tenha sido alvo
de ataques ferinos e descaridosos como os Adventistas do
Sétimo Dia. E isto sem dúvida em cumprimento de Ap 12.17 [5].
Suposta Base Bíblica
O versículo base para tal síndrome de perseguição é Ap
12.17:
"E o dragão irou-se contra a mulher e
foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo."
A interpretação Adventista é a seguinte:
"O
dragão (o diabo) irou-se contra a mulher (Igreja Adventista)
e foi fazer guerra ao resto de sua semente (o povo
adventista), os que guardam os mandamento de Deus" [6].
Estaria o livro de Apocalipse aguardando
a chegada dos adventistas no cenário mundial?
Segundo os adventistas eles seriam perseguidos porque
guardam o sábado e transgrediriam o decreto dominical a ser
instituído pelo Papa apoiado por presidente dos Estados
Unidos. Prosseguem
ainda mais para dizer que o livro de Apocalipse se referia a
eles.
Para os Adventistas o texto diz: "...
e têm o testemunho de Jesus"(Ap
12.17). O que significa isso? Como o livro de Apocalipse é
um livro aberto para eles, juntam com Ap 19.10: "... porque
o testemunho de Jesus é o espírito de profecia" e aplicam
essa expressão para sua profetisa Ellen
G. White, possuidora
do espírito de
profecia. Seus
escritos são considerados tão inspirados quanto a Palavra de
Deus.
Entretanto, sabemos "nenhuma
profecia da Escritura é de particular interpretação; porque
a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,
mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo
Espírito Santo." (2
Pedro 1:20-21) Isto posto, não se poderia dar uma
interpretação particular do texto bíblico à sra. E.
G. White, a não ser que, de antemão, se tivesse tal
propósito.
Essa preocupação com o futuro decreto dominical e o
desencadeamento de uma perseguição é que põe os adventistas
em estado de alerta: é a síndrome da perseguição que estão
vislumbrando para um futuro bem próximo, mas que já dura
para mais de cem anos.
Em meados do século dezenove em muitos estados dos Estados
Unidos da América do Norte, havia "leis azuis" que proibiam
trabalhar no domingo. É contra este pano de fundo de
perseguição pelo estado que a profetisa Ellen White descreve
a vindoura perseguição dos observadores do sábado numa série
de livros e artigos.
Em 1882, apareceu o seguinte no livro Primeiros Escritos:
“Vi depois que os magnatas da terra conferiam entre si, e
Satanás e seus anjos estavam atarefados em torno deles. Vi
um edital do que se repartiram exemplares por diferentes
partes da terra, o qual ordenava que se dentro de
determinado prazo não renunciasse os santos a sua fé
peculiar e prescindiam do sábado para observar o primeiro
dia da semana, ficariam em liberdade para matá-los. (PE,
282)
Em 1884, ela introduziu o fato de que teria um aumento
gradual na severidade das leis para fazer obrigatória a
observância do domingo: “No último conflito, o sábado será o
ponto especial de controvérsia através de toda a
cristandade. Os governantes seculares e os dirigentes
religiosos se unirão para fazer cumprir a observância do
domingo; e como as medidas mais suaves falharão, se farão
efetivas as leis mais opressivas. Se insistirá em que os
poucos que se opõem a uma instituição da igreja e uma lei do
país não deveriam ser tolerados, e finalmente se editará um
decreto denunciando-os como merecedores do castigo mais
severo, e dando-lhe liberdade ao estado para que, depois de
certo tempo, os matem. Spirit of Prophecy, vol. 4, p. 444).
No término da década de 1880, o fim parecia iminente aos
adventistas. A razão de que eles cressem dessa forma era
que, no final dessa década, o Congresso dos Estados Unidos
estava discutindo uma lei que converteria o domingo num dia
de festa reconhecido nacionalmente. Em 1886, a Sra. White
advertiu que o fim viria cedo: O fim de todas as coisas está
muito próximo. O tempo de angústia está a ponto de cair
sobre o povo de Deus. Será então quando sair um decreto
proibindo que os que guardam o sábado do Senhor comprem ou
vendam, e ameaçando-os com castigos, e até com execuções, se
não observam o primeiro dia da semana como se fosse o
sábado. (Historical Sketches, p. 156).
Então sucedeu o inesperado. A lei dominical foi derrotada no
Congresso. Era evidente que muitos no Congresso pensavam que
esta lei violaria a separação entre a igreja e o estado.
Ademais, se esta lei se punha em vigor, provavelmente teria
sido recusada na Corte Suprema. Depois deste incidente o
movimento da Lei Dominical perdeu impulso, e gradualmente
voltou seu atendimento a outros assuntos.
NOTA : Esta
derrota no Congresso não foi “vista” pela profetiza...
Para princípios de 1900, começava a parecer improvável que
se fosse aprovar uma lei dominical em algum momento num
futuro próximo. Agora os adventistas tinham um dilema nas
mãos. Precisavam ter uma explicação de como uma lei
dominical poderia ser aprovada, dadas as circunstâncias
atuais. À profetisa Ellen White ofereceu uma explicação em
1904: Quando o sábado se converter no ponto especial de
controvérsia através da cristandade, a persistente negativa
de uma pequena minoria a ceder às demandas populares os
converterá em objetos de execração universal. Se insistirá
em que os poucos que se opõem a uma instituição da igreja e
a uma lei do estado não deveriam ser tolerados; que é
melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam sumidas
em confusão e ilegalidade. Este argumento parecerá
concludente; e contra os que honram o sábado do quarto
mandamento se emitirá finalmente um decreto,
denunciando-lhes como merecedores do castigo mais severo, e
dando permissão à gente para matá-los depois de certo tempo.
(Youth Instrutor, 7-12, 1904).
Para 1904, o palco de um movimento organizado de dirigentes
religiosos que projetaram uma legislação dominical no
Congresso parecia pouco realista. Já que nesse momento
parecia em extremo improvável que uma lei dominical
ocorresse sob condições ordinárias, devia ter algum
extraordinário acontecimento externo que a precipitasse.
Assim, Ellen White inventou um novo palco no qual os Estados
Unidos passaria a enfrentar uma crise súbita e terrível. Se
os Estados Unidos não atuasse para matar aos observadores do
sábado, tinha que ter uma terrível catástrofe nacional.
Durante esta horrível crise, a lei dominical seria
justificada pelos políticos que, sob circunstâncias normais,
recusariam a lei. No entanto, numa situação de crise,
estariam convictos de aprovar uma lei dominical para evitar
que a nação inteira fora "sumida em confusão e ilegalidade".
Ainda que este é certamente um palco criativo, a Sra.White
não proporciona evidência bíblica em favor deste novo palco,
nem explica como o matar aos observadores do sábado poderia
evitar que a nação fora submetida a confusão e a
ilegalidade.
Em 1904, a Sra.White falava como se só a "cristandade"
aprovaria as leis dominicais, mas, a partir de 1911,
novamente tinha mudado seu novo palco, nesta ocasião passou
a incluir o mundo inteiro. A Sra. White escreve em seu
livro, Great Controversy, publicado em 1911: Os poderes da
terra se unirão para fazer guerra contra os mandamentos de
Deus, decretarão que "todos, pequenos e grandes, ricos e
pobres, livres e escravos" (Apocalipses 13:16), deverão
conformar-se aos costumes da igreja mediante a observância
do falso sábado. A todos os que recusem obedecer lhes serão
aplicados severos castigos, e finalmente se decretará que
merecem a morte. (p. 604).
Esta lei dominical "universal" é exposta no livro da Sra.
White, que foi publicado em 1917, um ano depois da morte
dela: “Neste nosso dia, muitos dos servos de Deus, ainda que
inocentes de delito, serão entregues para que sofram
humilhação e abuso nas mãos dos que, inspirados por Satanás,
estão cheios de inveja e preconceito religioso. A ira do
homem se insurgirá especialmente contra os que honram o
sábado do quarto mandamento; e por fim um decreto universal
lhes denunciará como merecedores da morte. (Prophets and
Kings, p. 512).
Assim, encontramos que a doutrina da Lei Dominical tem
estado evoluindo e mudando continuamente através dos anos
para adaptar-se aos particulares reptos da respectiva
geração. Depois da morte da profetisa Ellen White em 1916, a
posição da igreja a respeito do Decreto Dominical se
imobilizou, e permaneceu relativamente sem mudanças. Isto é
compreensível, já que já não há ninguém na igreja com
autoridade profética para modificar o ensino. A igreja
continua ensinando hoje a mesma doutrina que ensinou a
princípios da década de 1900.
Probabilidades de Uma Lei Dominical Nacional
Na América e Consequentemente nos demais paises do planeta
Terra
O mundo do século XXI é muito diferente daquele final do
século XIX. Nos Estados Unidos, a demografia mudou
dramaticamente. No final da década de 1880, os Estados
Unidos era um país de protestantes que iam à igreja. O país
é bem mais diverso hoje em dia. Aproximadamente um quarto da
população é agora católica romana. Agora há também outras
religiões nos Estados Unidos com um significativo número de
membros.
Os Judeus
O exemplo mais significativo disto é os judeus. Há
aproximadamente sete milhões de judeus observadores do
sábado nos Estados Unidos. Qualquer lei dominical teria que
ser aprovada acima das objeções destes sete milhões de
judeus. Essa aprovação é altamente improvável. A comunidade
judia nunca foi mais influente sobre o sistema legal e o
sistema político dos Estados Unidos do que na atualidade
recentemente, o primeiro judeu que jamais fora nomeado como
candidato a vice presidente foi derrotado por estreita
margem. Os meios de comunicação norte-americanos, o sistema
legal, e a estrutura de poder em Washington, D. C, todos
recebem a desmesurada influência destes judeus guardadores
do sábado. Muitos judeus ocupam postos chaves de poder em
altas posições governamentais, desde onde podem influir no
modo de vida norte-americano. Há judeus proeminentes que
possuem substanciais impérios financeiros que lhes
proporcionam ampla influência na sociedade norte-americana.
Pensar que os judeus permitiriam que qualquer tipo de lei
ordenando a observância do domingo avançasse sequer até a
etapa de consideração séria é absurdo.
Nota do tradutor: Ainda tem que se
lembrar do Estado de Israel, que um pais com seus outros
milhões de pessoas e que possuem estreita relações
comerciais e políticas com o USA. Uma imposição dominical
sobre este pais de base sabática criaria o caos entre os
dois – e não venha com essa história de profecia, pois não
há nenhuma na Bíblia fazendo tal afirmação...
Os Muçulmanos
A segunda minoria (habitando nos USA) mais importante que há
do que considerar é a comunidade muçulmana. Esta religião em
rápido crescimento na atualidade afirma ter mais de oito
milhões de aderentes nos Estados Unidos. O dia santo semanal
do Islã é a sexta-feira. Esta grande comunidade de crentes
se sentiriam agredidos se os cristãos tentassem obrigá-los a
observar o domingo como dia de culto. Não há dúvida de que
usariam seu poder político para impedir qualquer tentativa
deste tipo.
Nota do tradutor: Novamente
encontramos aqui uma barreira de proporções cósmicas. Uma
das religiões com maior concentração de pessoas é a
mulçumana. O Islamismo é uma espécie de Nação que une várias
Nações em todo mundo. Os mulçumanos possuem um ódio natural
aos norte-americanos e judeus, principalmente com os
primeiros. A religião mulçumana é a religião oficial de
vários países de língua árabe e não árabe. Se os Estudos
Unidos, mesmo com o poder romano, tentar qualquer coisa
contra os mulçumanos, afetará as três principais religiões
do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. Se isso
acontecesse, o caos estaria estabelecido, do jeito que o
Diabo gosta, logo, quem está interessado nessa história ?
Quem tem interesse no sofrimento, miséria, desgraça e morte
de milhões de pessoas? Pense nisso, prezado leitor. O
assunto é muito complexo do que imaginamos...
O Secularismo
A seguinte grande comunidade que deve ser considerada é a
secular. A diferença da década de 1880 quando esta
comunidade era pequena, na atualidade tem aproximadamente
trinta milhões de membros. Estes incluem agnósticos,
humanistas seculares, e mais de um milhão de ateus. Durante
os últimos quarenta anos, este grupo teve grande sucesso em
separar a religião da arena política. Conseguiram tirar os
Dez mandamentos e a oração das escolas públicas. Tiveram
sucesso uma e outra vez contra a oposição de grupos
cristãos. É ridículo supor que este grupo enorme de
secularistas, altamente educado e politicamente poderoso, vá
ceder aos cristãos uma só polegada de terreno para que
regressem a religião à vida pública. Podemos estar seguros
de que este grupo se oporá a qualquer legislação religiosa,
e é provável que tenham o mesmo sucesso contra as leis
dominicais que tiveram contra qualquer outra instituição
religiosa nos Estados Unidos em décadas passadas.
Os Observadores do Sábado
Outro grupo mais e mais poderoso é a comunidade mesma de
observadores do sábado. A observância do sábado se converteu
numa prática mais e mais popular nos Estados Unidos e
através do mundo. Isto se vê na crescente influência
política da igreja Adventista do Sétimo Dia e seu crescente
numero de membros -- mais de dez milhões de membros no mundo
inteiro. Os mesmos Adventistas do Sétimo Dia, longe de ser
uma minoria pobre e impotente, susceptível à tirania da
"estrutura de poder , foram por algum tempo parte dessa
mesma estrutura de poder. Os Adventistas compreendem um
segmento da sociedade norte-americana relativamente bem
firmada em boas posições, politicamente conservadora, e
amplamente aceita. Aparte de suas peculiares crenças, são
virtualmente indistinguíveis, que pertencem à classe média
ou à classe média alta. A diferença do século XIX, quando os
adventistas eram um grupo isolado, os adventistas de hoje
são mais aceitos do que nunca. Nunca teve tantos cidadãos
norte-americanos tendo culto aos sábados que na atualidade.
Diz-se do que há mais de 300 diferentes organizações
religiosas que têm culto os sábados, incluindo os
adventistas, várias igrejas de Deus, batistas do sétimo dia,
judeus messiânicos, e uma legião de outros. Alguns destes
grupos experimentaram taxas de crescimento que quase
estabelecem uma marca neste novo século. O sabadismo nunca
foi mais aceito do que hoje em dia. Não há dúvida de que
qualquer legislação dominical seria ferreamente resistido
por estes grupos.
As religiões orientais
Outro grande grupo que provavelmente se oporia a uma
legislação dominical inclui as religiões orientais, como o
hinduísmo e o budismo. Os seguidores destas religiões agora
somam milhões nos Estados Unidos. Estas religiões não ganham
absolutamente nada com uma legislação que imponha a
observância do domingo, e há poucas dúvidas de que se
oporiam a ela.
Os seguidores da Nova Era
Nos Estados Unidos há uma enormidade de religiões da Nova
Era, pagãs, e norte americanas nativas. Seus aderentes somam
milhões. Estas religiões têm estado experimentando um
tremendo ressurgimento em anos recentes. Por exemplo, a
Igreja Wiccan (bruxaria) é agora a igreja de crescimento
mais rápido nos Estados Unidos. Estes grupos não têm nenhum
interesse em nenhuma lei que imponha um dia de culto cristão
e quase seguramente a combateriam.
Outros Grupos Cristãos
Além de todos estes grupos, há certo número de igrejas
cristãs que é muito pouco provável que apoiassem qualquer
legislação que imponha observâncias religiosas. A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormons), com uma
membresia de quase cinco milhões, compartilha muitas
similitudes com o movimento adventista, e provavelmente não
apoiaria essas leis. Da mesma maneira, as Testemunhas de
Jehová, com quase cinco milhões de membros, também é pouco
provável que as apóiem. A Fé Baha'i provavelmente não as
apoiaria. Também não o fariam alguns grupos batistas com uma
tradição de séculos lutando em favor da separação entre a
igreja e o estado. Também não as aprovariam os quase dois
milhões de membros da Igreja de Cristo. É uma doutrina
fundamental desta igreja, mantida por muitos anos, que nem o
domingo nem o sábado deveriam ser considerados dias santos
de culto. É impossível crer que estes dois milhões de
membros apoiariam algum tipo de legislação dominical. Eles
ensinam que nenhuma parte da lei do AT é obrigatória para os
cristãos. Do lado liberal do espectro religioso, a Igreja
Unitária pós-cristã também é improvável que patrocinasse
leis que impusessem observâncias religiosas.
Fica Alguém Que Patrocine as Leis
Dominicais?
Assim que, quem apoiaria? a Igreja Católica e as principais
igrejas protestantes, que mostraram muito pouco interesse em
ir depois de uma legislação dominical nos últimos 100 anos.
As leis que estes grupos perseguiram, como restabelecer a
oração nas escolas públicas e proibir o aborto, foram
frustradas uma e outra vez no curso dos anos Vários grupos
de ação política, como a "Maioria Moral" e a "Coligação
Cristã, surgiram no curso dos anos, mas só tiveram sucesso
parcial.
Ainda que a observância do sábado fosse convertida num
gigantesco ponto em disputa pelos Adventistas do Sétimo Dia,
para os não sabatistas não é em absoluto um ponto em
discussão. É um ponto, que não é motivo de dúvida, e não lhe
dedicam ao tema inteiro entendimento da que lhe dedicava
Jesus mesmo. Os não adventistas certamente não estão
ameaçados pela observância do sábado. Muitos olham aos
sabatistas com lástima, e os consideram legalistas
ignorantes, espiritualmente cegos, e auto-enganados. Não os
vêem em absoluto como uma ameaça para eles ou para seus
próprios sistemas de crenças. Portanto, é certamente
duvidoso que nem sequer os Cristãos Evangélicos façam em
absoluto nenhum esforço para impor suas crenças sobre os
sabatistas.
Os nativos norte-americanos Resistem com sucesso ao governo
norte-americano só para mostrar quão pouco poder político se
precisa para resistir a legislação governamental,
considere-se o grupo bem pequeno dos índios nativos da
América do Norte que fumam peyote, uma droga ilegal, durante
seus serviços religiosos. Os Estados Unidos foi incapaz de
erradicar o uso de uma droga ilegal por parte deste pequeno
grupo religioso de nativos norte americanos. Se nem sequer
puderam deter o uso de drogas ilegais numa religião, como é
possível que vão obrigar centenas de milhões de não
observadores do domingo a ter culto em domingo? Pense-o.
Um Decreto ou Lei Dominical Universal? É Possível?
A China Comunista, uma superpotência ascendente, com sua
capacidade em rápida expansão para projéteis nucleares, e a
maior maquinaria militar no planeta, repleta de armamento de
alta tecnologia da antiga União Soviética, não vai deixar
que os Estados Unidos decida em que dia vai ter culto seu
povo. A Índia , o Paquistão muçulmano, e o Israel judeu,
todos têm armas nucleares. Os Estados Unidos não podem ditar
nada a estes países. Enfrentemos os fatos. Simplesmente, é
impossível que os Estados Unidos possa obrigar ao mundo
inteiro a adorar em domingo e matar aos observadores do
sábado.
Nota do tradutor: Depois da fracassada
invasão americana ao Iraque, eles ficaram queimados no mundo
inteiro.
Um Palco de Tempo do Fim
Para livrar-se desta situação apressada, os Adventistas do
Sétimo Dia inventaram um palco do tempo do fim que não se
encontra nem remotamente na Bíblia. Segundo os adventistas,
Satanás irá passar-se por Jesus para convencer ao mundo de
que aprove leis dominicais. Satanás vai apresentar-se como
se fosse Jesus em certos lugares da terra e de algum modo
convencerá ao mundo inteiro de que se comece a adorar no
domingo e matar aos que guardam o sábado.
Detenha-se por um momento e considere quão ridículo é isto:
Perguntamos: Que cristão vai acreditar em um Cristo que quer matargente
por assistir à igreja ao sábado? Cristo mesmo disse: "Porque
o filho do homem não veio para destruir as almas dos homens,
senão para salvá-las". (Lucas 9:56).
Quem vai acreditar em um Cristo que contradiz diretamente as
palavras que Ele mesmo pronunciou na Bíblia? Cristo nem
sequer permitiu a Pedro que usasse sua espada para
defender-se! Pode você imaginar a Cristo ordenando que gente
seja assassinada por não adorar-lhe no sábado? Perguntamos:
Que cristão seria idiota o bastante para ser enganado por um
Cristo assassino? A Bíblia diz claramente que Satanás é
assassino (veja-se João 8:44). Quem vai acreditar em um
Cristo que quer assassinar a certos cristãos? Nenhum cristão
é o bastante estúpido para crer que Cristo é um assassino!
Se Satanás fizesse sua aparição com um plano para "matar aos
observadores do sábado", e tratasse de arregimentar todos os
países com um complô tão incrivelmente absurdo, o mundo
inteiro provavelmente se levantaria contra ele e lhe
crucificaria! Por que Satanás faria algo tão auto-destrutivo
como a aprovação de uma lei dominical? Ele está indo muito
bem na atualidade! O mundo está entrando rapidamente numa
era pós-cristã. As religiões pagãs, da Nova Era, e as
ocultistas estão experimentando um tremendo aumento em
popularidade. O secularismo, o materialismo, e o sensualismo
estão destruindo a essência mesma do cristianismo.
Nota do tradutor: Veja que o Decreto
Dominical teria sua origem a partir da América e depois
seria esparramado por todo o mundo. Vemos um pouco do
espírito imperialista americano. Porém, ele enfrentaria
gravíssimos problemas internos e criaria o caos no mundo -
Pense nisso leitor.
Um abraço a todos.
Pr.Lindenberg Vasconcelos